domingo, 30 de novembro de 2008

09/11/2008 - A maldita cerca

“E assim, com um passo de cada vez, eu tenho tentado me aproximar dessa terra desconhecida que chamam de amor. Muitas vezes tenho sangrado muito tentando passar pelo arame farpado que a cerca, mas quem sabe se alcançarmos o outro lado, alguma coisa muito boa esteja nos esperando? Alguma coisa tão grandiosa e fantástica que chegue até a ser capaz de nos fazer começar a viver."

E é a partir do comentário da Déia que esse blogue respira pela segunda vez, pela segunda vez.

Achei linda essa metáfora, Déia!

Eu até tenho tentado me aproximar da cerca, mas que cerca? Eu sempre escolho a cerca errada. É sempre uma cerca que quer uma invasora loira ou mais magra ou de olhos azuis…

Mas, sabe, uma vez me falaram do Kevin Arnold, em Anos incríveis. Eu não vi esse episódio, mas diz que ele disse que em algum lugar do mundo deve haver alguém feito exatamente pra ele, e que talvez essa pessoa estivesse no Alasca… O Kevin tinha razão, do alto de sua sabedoria mirim… Hoje, ele faz papel de gay num seriado de uma dessas tv a cabo… Deve ter realmente encontrado seu amor, pelo menos na ficção… É tudo tão mais fácil pra eles…

Aí é que está: um cara medianamente bonito, razoavelmente inteligente, que tenha alguma boa intenção e que não seja gay. Essa é a descrição do cara mais impossível de se achar em São Paulo, cidade imensa que habito e que é simplesmente uma das cidades mais gays do mundo. Eu nunca vi. E se vi, não percebi. E se percebi, no instante seguinte notei uma aliança em sua mão direita, ou, pior, na esquerda!

Nada tenho contra os gays, fique claro! Tenho muitos amigos assim, afinal, já disse faço Letras e eles estão em peso nesse curso, em especial na minha universidade, que dá um certo status, ”glamour”, coisa que eles adoram… Mas poxa, não posso namorar um deles, porque eles simplesmente NÃO gostam de mulher! Eles dizem “ai, Jacque, seu cabelo é tão bonito! Que linda sua saia! Como você tá bonita hoje…” Obrigada, mas… Poxa! Cadê os caras que gostam de meninas? Qual é o problema comigo?

Isso sem falar nos caso em que eu vi um cara no ônibus, indo pra Cidade Universitária, e depois vi o cara andando: ele tinha uma malemolência tão feminina naqueles quadris, que eu fiquei sem palavras… Quer dizer, até quando não parece, é!!!

Pessoas, a coisa tá feia… Eu me sinto cansada pra sair ou, por exemplo, cheia de coisas pra fazer em fim de semestre da facu, e aí, como frequëntar as milagrosas baladas paulistanas que todos me recomendam quando me queixo disso…? Ok, nas férias! Mas, amor de férias?! Isso é muito Malhação

Eu tento, a meu modo, romper a cerca, Déia, ou ao menos saltá-la… Mas não tenho forças… Ou motivo forte o bastante… Talvez, por ter sempre escolhido um cara que não me escolhera me fez sentir desestimulada, o que foi me deixando meio resistente. Mas estou aqui me oferecendo, praticamente. Alguém aí se habilita?! Hahaha!
Chega de bobagens. Tenho de digitar um incrível trabalho de Morfologia do Portugês… C’est la vie…Eu, e meu francês tosco… A língua dos apaixonados…

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